O domingo é silêncio. A cidade descansa. As pessoas caminham lentamente. O domingo é um dia que se parece comigo. Há tempo para pensar. O domingo é feito do verbo esperar. Esperar que amanhã chegue. O domingo tem sempre muita esperança depositada na segunda-feira. Segunda-feira cheia de sonhos que nunca se realizarão. Não faz mal. Hoje é domingo e vou continuar a sonhar.
domingo, 27 de junho de 2021
sexta-feira, 25 de junho de 2021
A saudade é um peso que carrego dia após dia.
Mas vejo apenas ausência e esquecimento.
É no silencio que as horas se fazem.
Porque no fundo trata se de acreditar e sentir.
Sentir que tudo é possível.
Acreditar que a viagem vale a pena.
Esgotei as palavras que tinha na alma.
Não há ninguém que se encontre comigo a meio da ponte.
E no final de cada dia, percebo que não mereço o esforço.
quinta-feira, 24 de junho de 2021
terça-feira, 22 de junho de 2021
segunda-feira, 21 de junho de 2021
domingo, 20 de junho de 2021
sábado, 19 de junho de 2021
“And together, they turned everything into a kind of adventure, and she liked that.
Just an ordinary trip down to the grocery store was full of adventure.
They were always laughing at stupid things.
He liked to make her laugh.
And they didn’t much care for anything else because all they wanted to do was to be with each other.
They were always together.”
Paris, Texas, Wim Wenders, 1984
terça-feira, 15 de junho de 2021
Os últimos meses e as horas sombras.
Queres ajuda para te levantar?
Queres salvar a tua dignidade e seguir em frente?
Ou preferes ficar no chão durante algum tempo, o tempo de provar as gotas de água na pele?
Demora o tempo que demorar, sabes as feridas e a lição.
És livre. Podes escolher tudo, ou nada.
Podes até não escolher.
És livre.
segunda-feira, 14 de junho de 2021
sábado, 12 de junho de 2021
sexta-feira, 11 de junho de 2021
quarta-feira, 9 de junho de 2021
terça-feira, 8 de junho de 2021
segunda-feira, 7 de junho de 2021
domingo, 6 de junho de 2021
quinta-feira, 3 de junho de 2021
Depois de nadar tantas vezes contra a corrente,
de ter cedido o corpo, a alma e o coração,
ultrapassando todos os limites impostos,
percebemos que a batalha é inglória e solitária.
Sentimos a ausência de quem nos habita o coração.
O corpo, cravejado de feridas e de sangue, pede tréguas.
Porque no final do dia, nunca fomos mais do que um talvez.
terça-feira, 1 de junho de 2021
Não sei nada do que pensa.
Mas há o sexo duro e as veias como a madeira.
A cabeça nua e brilhante, um rosa quase vermelho.
A textura é seda e a pele lisa.
Entre as coxas o sangue ferve.
A vontade de enfiar os dedos na boca e de abraçar as ancas.
Sentir o líquido quente a escorrer.
E a vida antes, os corpos que se procuram e o ritmo nas ancas.
As bocas que se sabem, o suor e o sabor dos orgasmos.
Enrolar os dedos e apertar com força.
E então o silêncio e as imagens fáceis.
A vontade de acordar na hora azul e de provar o fim do inferno.
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