Há balanços que evito fazer. Portas que devem ficar fechadas.
Deixas-me cair por terra sem hesitar.
Há frio e fraqueza. Há cansaço.
O coração pede tréguas e a boca guarda o último beijo.
Já não preciso de nada. Não era isso que querias?
Cuidado.
O amor é um pequeno animal desprevenido
Uma teia que se desfia pouco a pouco.
Guardo silêncio para que possam ouvi-lo desfazer-se.
Ruy Cinatti
Ao ler este teu Post (que adorei) lembrei-me desta pensamento de Friedrich Nietzsche:
ResponderEliminar"A vontade de superar um afecto não é, em última análise, senão vontade de um outro ou de vários outros afectos."
Boa tarde JI;)
Friedrich Nietzsche
Neste momento não sei se consigo lidar com outro afeto. Dou-me por satisfeita se conseguir ser feliz sem este...
EliminarBom dia Legionário :)
Auch! Adoro! ;)
ResponderEliminardeve ser do fumo do cigarro :P
EliminarTambém gosto, confesso. Mas aqui foi a arquitectura das tuas palavras. ;)
EliminarGosto de linhas simples. Na escrita e nos edifícios :)
EliminarUm beijo Patife
Que se evita, que se não sinta falta ?
ResponderEliminarPorque se sopesa alguém ?
Se pesa
Só pesa
Só se pesa
A faca na ponta do polegar
A vida no gume do olhar
Quem não fume, é mais duro, por nem fumo ...
Sei lá !
Pesa-se
Pesa se
Balança
Equilibra Se
Sopesa Se
Só se pesa
Peso
Balanço
E depois o punhal que crava sempre mais fundo...
Eliminar"já não preciso de nada" .... às vezes parece-nos isso, não é?...quando nos deixamos cair e no chão não precisamos de nada, só de não nos ver, não nos sentir, não sermos, como se nos misturássemos com o chão numa amalgama indecifrável. porque dissolvem-se-nos as vontades e não as conseguimos agarrar. E sem vontade não nos levantamos, sequer nos mexemos. Até um dia o chão nos servir de apoio e resolvermos bater a porta por fora, sem querer saber do que querem, ou do que sabem. Cospe-se o último beijo e a boca lava-se de vida, outra vez.
ResponderEliminarBeijo, JI
Tenho a sensação que não preciso de nada. A indiferença deve ser o primeiro passo para a cura mas é também um veneno porque nos impede de ter a porta aberta. Sei que sou muito mais fria do que era antes, mais amarga também. O chão frio em que me deito obriga-me a seguir em frente mas os dias são ainda muito cinzentos.
EliminarGostei muito do teu comentário Olvido
Um beijo :)
Há sempre uma pequena luz que nos atrai o olhar, a perspectiva de um outro amor, um outro beijo, que fará deste(s) um mero acidente de percurso.
ResponderEliminarBeijos, JI :)
"Pedras no caminho?
EliminarGuardo todas, um dia vou construir um castelo…"
Fernando Pessoa
:)
beijos Maria Eu