quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro, 
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar 
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas; 
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto, 
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor, 
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina, 
E amou as mágoas do teu rosto que mudava; 
Inclinada sobre o ferro incandescente, 
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou 
E em largos passos galgou as montanhas 
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas. 

William Butler Yeats

6 comentários:

  1. Este país não é para velhos.
    Jovens
    Abraçados,
    pássaros que nas árvores cantam
    - essas gerações moribundas (...)

    (WBY é fantástico!)

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    1. Ouvi os velhos, velhos, murmurando:
      "Tudo se altera,
      E um por um vamos passando."
      Tinham mãos como garras, e seus joelhos
      Eram torcidos como os espinheiros velhos
      Junto da água.
      Ouvi os velhos, velhos, murmurando:
      "Tudo o que é belo foge, deslizando
      como as águas"

      :)
      Boa tarde Impontual

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  2. ...[por morrer uma andorinha não deixa de ser primavera]
    Não deixes o azedume tomar[te], porque ainda tens tanto para dar, a seu tempo.
    Beijo embrulhado num sorriso

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    1. Pode ser que o próximo ano me traga mais sorrisos :)
      Um beijo doce

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    1. A mais bela poesia é muitas vezes a que tem dentro dela a maior das tristezas :)

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