Houve o tempo sem palavras escritas. 
Houve encontros falhados e a cabeça na lua. 
E as quedas nas escadas de tanto carregar. A pressa sempre para não chegar atrasada. 
Tantos sorrisos encolhidos porque sim e tantas palavras duras. 
Houve uma noite cheia de dança, deliciosa e incrível. E a realidade que se mistura com a imaginação. 
E também o poema de um desconhecido e todas os fios imperceptíveis e voláteis emaranhados com magia. 
Houve o passeio  na cidade sombra, debaixo da chuva e o prazer da solidão. Uma música triste e a beleza das cadeiras vazias e das árvores nuas. 
E aquele dia em que me disseram que a mão esquerda nem sempre tem de saber o que faz a mão direita. 
Houve tantos momentos em que pensei que podia fazer mais e melhor. 
E finalmente ontem. Uma decisão, uma escolha e um caminho incerto. 

 
Há uma fotografia de Oleg Oprisco que ilustra bem isto: «E aquele dia em que me disseram que a mão esquerda nem sempre tem de saber o que faz a mão direita.»
ResponderEliminarVeja se descobre qual é:
https://mastersofphotography.wordpress.com/2016/05/04/oleg-oprisco/
Para mim seria a primeira. As fotos são todas fantásticas :)
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