terça-feira, 24 de maio de 2022



Há sempre histórias que não se escrevem, corpos que se amam sem gozar, palavras que tocam sem sorrir. 
É a violência da vida.
Alimento-me da esperança e do possível. Sorrio todos os dias e partilho pouco a íntima fragilidade.
Os que entraram no meu coração ficam lá presos para sempre. 
Os que tiveram perto da minha alma iluminam as minhas horas negras.

domingo, 22 de maio de 2022


Nas ruínas de uma estação, os objetos esquecidos no peso de um poema. Sem desfile, sem substância. 
E o vermelho. E o silêncio. 
É ao verbo que pertence a tempestade.
E a trovoada tão cheia de nós.
Entre a areia e o ar, o azar não é nada. 
O corpo segue a cadência, no barulho das palavras e das horas.
E as histórias que caem, como pedras no rio.

terça-feira, 17 de maio de 2022



Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Martha Medeiros