sábado, 13 de fevereiro de 2021

Onde se esconde a tristeza? Será na fenda do diafragma, no charco da garganta, nos músculos que não sentem mais a força? Onde se esconde a dor dos corações feridos?
A quem pertence este corpo que parecia andar tão bem? Os poros não são a melhor saída para o desespero. Não se pode abrir a janela do coração como se abre a janela de uma casa. 
Essa janela está noutro lugar. É o céu da manhã, uma faísca, um sorriso em frente ao espelho, algumas palavras lidas num livro. Essa janela é levantar de manhã e vestir-se. É sair quando não apetece. É cuidar. É o tempo que corre e que apaga a dor. Um jantar. Um chá que se partilha.
Essa janela somos nós.





sábado, 30 de janeiro de 2021




O espírito deslocado pelo peso
O peso do que não se entende
E a música perfeita para um sábado imperfeito

sábado, 2 de janeiro de 2021


 

Está fresco. Outros dirão que está frio. 
Mas os dias sabem-se. E o céu também. 
A noite ainda é noite e a escuridão não mente. 
Mostra-me o irracional. E o silêncio no lugar do grito.
Mas é no meio das horas  que se esconde a ressaca e o caminho para a madrugada.