sábado, 1 de julho de 2023



A mesma margem e o suor debaixo dos olhos.
Na madrugada que desaparece um punhado de pedras.

Esta ideia de baralhar os dias como se baralham cartas. Sem saber para onde ir ou onde se está.

Não estar em lado nenhum. 
Flutuar num mar de rosas, sangue e abstração.
Onde o tempo não sabe por onde passar.

Amo a floresta e o campo.
Uma pela sua profundeza, o outro pela luz.

E a margem. E o suor nos lábios.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

 

Dela sinto inveja. Inveja de alguém que não se conhece. De quem sei muito sem saber nada mas que possui o que mais desejo.

A verdade é que já não consigo escrever cartas de amor. Perdi a capacidade de ser sorriso. 

Perdi o jeito de ser feliz.


sábado, 3 de junho de 2023

O desenho das rugas, a suavidade e a fantasia.
E os prazeres paralelos, o coração forte apesar de fraco, até velho. E a pele suave. Dormir e provar a madrugada de um corpo adormecido, o conforto de uma cama e a emoção vermelha das entranhas devoradas. E o perfume, sempre, da pele depois da noite, entre desejo e lembrança.