Há as que se preparam, silenciosas, espessas e pesadas, opacas.
Chegam com um carinho matreiro e puxam-nos para o abismo obscuro.
Os movimentos desaceleram. É quase impossível mexer.
Os pensamentos transformam-se em pântanos.
Há também as pacíficas, que levam e trazem.
Empurram o suficiente para ajudar nos movimentos e para poder crescer.
As que cantam, sopram e acalmam.
As que vêm cobertas de espuma mas que permitem avançar, sem medo.
Depois há as loucas e inesperadas.
Atropelam e mostram desejos escondidos.
E depois de rebolar e cair, voltam as primeiras, sempre.
As ondas.