Há dias (e noites) que deixam uma tristeza profunda dentro de mim. Sinto o peso desse sentimento a crescer e a esmagar o coração.

Tudo dói. 

Desilusão.

E o tempo dedicado que é vida.

E então a urgência de partir para não voltar.

Quero encerrar capítulos para poder sentir paz.

Há sempre mágoa e desgosto. Pelo passado e também pelo presente.

O caminho é sempre difícil e solitário.

Até quando?

People are fucking nuts. This country is full of nitwits and assholes. Do you ever notice that? Oh, my goodness, yes. Oh, my goodness. Yeah. Nitwits, assholes, fuck ups, scumbags, jerk offs and dipshits. And they all vote.”

George Carlin

 

As pequenas horas da noite e o silêncio.

O caminho é longo. O do vento que passa.

E o rio longe.

A madrugada agarra a manhã.

Procuro a hora mas o tempo corre atrás de mim como um ladrão.

Há lutas inglórias.

É uma corrente que prende.

Pode-se mexer, caminhar e explorar. Mas sempre perto.

Não é uma escolha ou uma restrição. É o que é.

E olhar para a pele. As cicatrizes, as feridas. Há que aguentar a cabeça fora de água no mar da normalidade.

E o desejo de uma liberdade maior, de uma vida cheia de audácia, uma aventura imprevisível.

Explorar uma ilha e nadar sem roupa. Uma pequena loucura. Inconsequente.

Mas há as amarras e o correto.

A luz mudou. O cenário também.

E vê-se mais uma cicatriz. Junto às costelas.