Olho para o espelho e para um corpo nu.
Um corpo com marcas de vida.
Uma vida escrita na pele.
Apago a luz para não correr o risco de perceber que não está ninguém ao meu lado.
Não há limite que não seja por ele suportado. Suporta todo o cansaço. Traições, fadiga, falhanços. Aconteça o que acontecer tens um corpo que pesa; e um chão, mudo, imóvel, que não desaparece.
Gonçalo M. Tavares