Os de sempre. Como uma família.
O homem velho e doce, com o olhar cheio de nostalgia.
Tem o amor tatuado no braço. Na pele fina, uma data e um nome.
Na outra mesa, o casal de amantes que se junta de 3 em 3 meses para 2 horas de prazer.
No canto uma rapariga tímida. Senta-se sempre muito direita.
Observa tudo à sua volta.
Os segundos entre a sombra e a luz alimentam-na o suficiente para ganhar
forças e voltar para o emprego sem alegria.
A pele pálida e o tempo desenhado nos cantos dos olhos.
Ninguém a pode domar, ainda menos conquistar.
Talvez só queira ser amada.
ps: texto escrito no verso de um guardanapo, no café de sempre
Um dos meus prazeres, quando tenho (agora é melhor dizer "tinha") um almoço demorado num qualquer restaurante, é (era) o de tentar extrapolar quem são as pessoas que estão sentadas ao redor, qual a sua vida, a relação que têm umas com as outras...
ResponderEliminarÉ de facto um exercício de imaginação muito engraçado.
Beijinhos servidos com uma taça de café
(^^)
Gosto de imaginar quem está ao meu lado,as vidas, as experiências.
ResponderEliminarTenho a mesma sensação quando olho para as janelas dos prédios de noite e se vê as luzes e as sombras das pessoas.
Beijinhos