quinta-feira, 27 de agosto de 2020

 O mais triste é a indiferença. Quando a ilusão existe, tudo faz sentido mas quando também ela nos abandona, tudo acaba dolorosamente . Avanço para trás, caindo mais um pouco dentro do sonho que queimou como um incêndio. 

Sento me na pedra mais alta e olho para o abismo.  E talvez seja o sonho que nos faça continuar, esfregando os olhos com uma areia demasiado corrosiva. É uma sensação estranha poder assistir ao nosso futuro. Descer até às raízes do tempo e ser a metáfora de nós próprios. 

Mas a verdade é que regressamos sempre das nossas ruínas, das nossas emoções excessivas, dos nossos sentimentos de vida e de eternidade, dos pensamentos confusos, das rotinas onde se misturam o ódio e o amor, da dor incompreensível e das nossas alegrias. 

Regressamos da nossa imaginação, do nosso cansaço, das nossas ilusões, de um sonho que era nosso, de um tempo que é e que já acabou. Regressamos de dentro de nós e esse mal não tem cura. 

2 comentários:

  1. Tens que ser como a Fenix, renascendo das cinzas.

    Um abraço, JI:)

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    1. Não será a primeira vez e duvido que seja a última. Mas eu chego lá Legionário. Chego sempre,por mais farrapo que esteja.
      Um beijo :)

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