quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

terça-feira, 11 de dezembro de 2018


Abri a janela.
Senti o ar fresco.
Ouvi os pássaros.
O inverno tem o seu vestido, a sua rotina e uma personalidade única.
Paralisa a minha memória, como uma mão gelada.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018



Afinal, quem é que tem a pretensão de não ser louca?... 
Loucos somos todos, e livre-me Deus dos verdadeiros ajuizados, 
que esses são piores que o diabo!

Florbela Espanca

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018



Há sempre um nevoeiro carregado de medo no fundo do meu corpo. Às vezes sobe até à garganta e quando abro a boca para falar não se ouve nada além do silêncio. Ando em equilíbrio na borda da felicidade e de vez em quando caio. A minha vida é uma série de momentos ligados uns aos outros mas sem continuidade. Faltam sequências e alguma coerência. Tudo está descosido. Tenho medo e quando caminho na rua vejo sombras em todos os cantos.
Dizem que sou inconsciente. Talvez seja verdade mas não lhe chamaria inconsciência. É mais um jogo com a vida. Talvez alguma indiferença, talvez alguma adrenalina ou talvez alguma confiança na vida e nos outros. 
Tenho sempre medo e os meus olhos choraram mas quero continuar a olhar para o sol. Espero variações na curva da minha vida na esperança de poder ligar os pontos perdidos na imensidão da página branca dos meus dias.