O meu café é cada vez mais forte e muito menos doce. Escolhi uma saia de tecido fino, tão fino que dança nas minhas pernas. A seda esconde-se por baixo da lã. Agasalho-me. Roubo um raio de sol e deixo-me chorar à chuva. Deslizo as mãos nos cabelos, por baixo das camisas e nas páginas dos livros. Procuro vozes graves e palavras suaves. Deixei de ouvir os que dizem saber tudo.
Sonho com um refúgio abandonado. Sonho-me num quarto anónimo. Sonho-me por baixo das penas dos edredões. Quero-me paciente. Quero-me a escrever tudo. Ou nada.
E disseste tanto, em tão pouco.
ResponderEliminarE esse tanto já não cabe dentro de mim
Eliminar...tudo que é ruído incomoda, não ouças. Perde[te] na tua escrita que são as tuas pernas para a tua nova caminhada.
ResponderEliminarBeijo daqui até aí, JI
Se a caminhada fosse tão fácil como escrever era tudo bem mais fácil :)
EliminarE nesse nada/tudo reside a beleza do que escreves.
ResponderEliminarBeijos, JI :)
Obrigada Maria :)
EliminarBeijos