terça-feira, 29 de dezembro de 2020


E assim acaba mais um ano. 
Termina com um pensamento doce para cada pessoa que ofereceu aos meus dias um pouco mais de beleza.
Termino o ano de pé, determinada, grata, emocionada e orgulhosa.

Orgulhosa pelos desafios superados.
Orgulhosa dos encontros e da audácia. 
Nem tudo foi cor de rosa, aliás por trás do espelho há pedaços de vidro à espera de serem apanhados. Sei a raiva obscura e os colapsos silenciosos. 
Mas sei também as amizades, aprender a valorizar-me, gostar de mim. Sei as minhas prioridades e alguns projetos para o próximo ano.

E as pequenas alegrias que ainda quero colecionar e saborear. O silêncio da manhã, os jantares barulhentos e a estrada que quero percorrer. 
Momentos cheios da vida doce, complexa, fascinante, séria e intoxicante. 

sábado, 12 de dezembro de 2020



Talvez um dia escreva uma carta. Uma longa carta, onde tudo será dito. 
O que não se conta a ninguém para não incomodar as horas. 

Mas estou bem, desenho na minha cabeça a gota de água no tempo, as fissuras que escondem a beleza.

Os pássaros cantam cedo de manhã. 
Chove há já vários dias, mas mais logo irei dar a minha caminhada. 
Esse momento é sempre precioso para o meu espírito e para o meu corpo.

Aqui também o mundo gira de uma forma estranha. 

A desconfiança ganha terreno e há cada vez menos sorrisos.