terça-feira, 17 de maio de 2022



Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Martha Medeiros

segunda-feira, 16 de maio de 2022




Há a falta de pudor nos corpos que se abandonam.

Na memória dos músculos criar o êxtase partilhado e gozar.

Alongar a anca até ao tremor, escavar os rins até ao desiquilíbrio e cair na dor do prazer.

E na pele a história de uma vida.


domingo, 15 de maio de 2022



O silêncio. O que magoa.

Não é o silêncio de minutos ou horas quando duas pessoas em conflito não falam uma com a outra.

É antes o silêncio imposto, o silêncio como castigo. O silêncio que afasta, que põe de lado e que ignora a existência ou a realidade do outro.

É o silêncio que vai para lá das horas, dos dias e às vezes de semanas.

O silêncio que transforma o outro num objeto, um silêncio que oprime e que deixa marcas invisíveis.

O silêncio como muro onde as palavras morrem. Um silêncio frio e inquietante. O que tira e não dá nada. 

E que mata pouco a pouco sem que ninguém perceba.








segunda-feira, 9 de maio de 2022


Das noites cheias de nostalgia. A loucura e a poesia em bruto. E uma cama como único horizonte.