Sentir tudo de todas as maneiras,

Viver tudo de todos os lados,

Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,

Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos

Num só momento difuso, profuso,

 completo e longínquo.

Álvaro de Campos

É sentir tudo ou nada.

Este mês diz me sempre muito. 

O universo da balança na procura do equilíbrio. 

A vontade de aproveitar estes últimos dias de calor. 

Colocar as redes sociais de lado e encontrar um pouco de serenidade na leitura e no autoconhecimento.

Procurar o vazio de certas coisas e ficar cheia de outras.

A balança. Ainda e sempre. 

Estar pronta a perder o norte para melhor o encontrar.

Largar e voltar. Experimentar. 

Desenhar esboços. Nada é definitivo.

Perceber que não precisamos de ninguém e que a única pessoa que nos pode valer 

é aquela para a qual olhamos todos os dias ao espelho.

Agradecer pelas pequenas vitórias. Passo a passo. 

Aprender que não dependemos de ninguém para ser feliz. 

Agradecer pelo tempo que nos é permitido respirar, a saúde, a família e os amigos.

É viver entre dois mundos mas saber sempre quais são os valores pelos quais é importante manter-se firme.

Ela é filha de outubro e do outono, mês da indecisão para alguns, mas não para ela.

Quero os lençóis, a noite suor e sal, e de madrugada, um café forte, os cabelos emaranhados, o sorriso doce e o sexo. Forte. Sem açúcar.