segunda-feira, 5 de julho de 2021


Ando a escrever a raiva, a dor e a mágoa. 
Não é solução. 
Será apenas uma pausa para me reorganizar, cuidar e sarar.  

20 anos na sombra de uma carreira, ambições e emoções.

5 anos na sombra de outra vida.

Tudo correu sempre bem enquanto as necessidades, satisfações e egos eram alimentados.

Os deles. Nunca os meus.

sábado, 3 de julho de 2021

Há um espetáculo que o corpo pede para rever. Olhos fechados. Mergulhada debaixo do lençol no morno das lembranças que matam.
Momentos sonhados: ilusões parvas.
Retroceder como fazemos aos ponteiros de um relógio parado.  Parado antes do fim. 
Ligar o projetor. Desligar as luzes. Pensar e imaginar o que vem a seguir. Fechar os olhos. Com força.
Pedaços de uma história que nunca foi tua. Nunca tiveste hipóteses. 
O corpo já não sente nada. O coração já só bate para sobreviver. Os olhos cedem. 
A luz tenta ganhar terreno mas a madrugada morreu.