Sou cheia de pequenas coisas que fazem com que o ritmo não seja sempre o que se pretende.
Pequenos nadas que se atropelam e que acabam por criar turbilhões. Algumas coisas dolorosas. Pequenas lembranças que me fazem tremer e algumas vozes que gostam de brincar com o frágil que há em mim.
Porque há sempre um pedido de desculpa.
Para não incomodar. Porque não são as palavras certas ou a atitude mais correta.
Pedir desculpa pelo sorriso ou pelas lágrimas. Ser demais ou nunca ser suficiente.
Pedir desculpa e desaparecer.
Calo-me quando o interior ferve.
Obrigo a raiva a afogar-se no meio de um está tudo bem.
Com o tempo tudo passa mas há marcas que não desaparecem e que voltam para me assombrar.
E então deixo passar. Aceito as feridas e permito-me sentir. Porque o que sinto é o que sou.