quinta-feira, 30 de junho de 2022
quarta-feira, 29 de junho de 2022
Emocional.
Sensível.
Pensar sempre no outro.
Chorar por nada e rir com tanta facilidade.
Sentir os cheiros, as almas e a tristeza.
Sem limite.
Já não há raiva.
Falar para não dizer nada porque há sempre tanto a dizer.
Magoada, estragada.
Respeitar o silêncio que diz tanto.
É a tempestade que grita e o arco íris que brilha.
É sentir tudo, voar bem alto e cair depressa.
É chorar e rir ao mesmo tempo.
E nas fragilidades encontrar a força.
quarta-feira, 22 de junho de 2022
terça-feira, 21 de junho de 2022
segunda-feira, 20 de junho de 2022
domingo, 19 de junho de 2022
sexta-feira, 17 de junho de 2022
quinta-feira, 16 de junho de 2022
quarta-feira, 15 de junho de 2022
terça-feira, 14 de junho de 2022
Tempo branco, tempo de nenhuma paixão.
Desce ao âmago desta cela. Debruça-te para o interior do meu vazio.
Nenhum rosto, nenhum pensamento, nenhum gesto inútil. Nenhum desejo - porque o desejo precisa de um rosto. E no lugar daquele que partiu acende-se a noite. Pressente-se a morte.
Mas no fundo de mim carregas ao ombro uma chapa de aço, em forma de sol apagado. O teu corpo fundiu no silêncio do meu.
Dormimos na espessura da poeira, e nela suspendemos o tempo. Abandonamos a alma. Esquecêmo-nos.
Nada sentimos, nenhum acto se realiza. Nenhuma alegria ou tristeza. Apenas matéria, matéria deixada à voragem dos escombros e da ferrugem.
Agora podemos tocar, enlear, comprimir ou distender os corpos. Construir formas com eles e deixá-los, assim, numa melancólica eternidade.
Longe do olhar dos outros, respiramos ao mesmo tempo - como uma só engrenagem, única e bela. Resquício de memória que se apaga lentamente, sem que ninguém dê por isso.
Al Berto
segunda-feira, 13 de junho de 2022
sábado, 11 de junho de 2022
Tentar apanhar as primeiras horas, a sensação do tempo sem limites.
Há o silêncio e a ausência.
Avançar por caminhos desconhecidos, instáveis.
Tentar escrever todos os momentos mágicos, os que fizeram desequilibrar a balança para o lado da esperança.
Porque até no meio da tempestade, encontra-se sempre a verdade.
quinta-feira, 9 de junho de 2022
quarta-feira, 8 de junho de 2022
domingo, 5 de junho de 2022
Cansada de tudo o que oiço. Do que me empurra para baixo. Cansada de quem tem todas as respostas. Cansada do que esperam de mim sem nunca nada ser suficiente. Porque não sou o esperado ou o expectável. Cansada das máscaras que tiram para logo a seguir colocarem outras.
Cansada da pressão que obriga a inventar uma melhor versão de nós ao mesmo tempo que devemos aceitar as fragilidades, ultrapassar os medos, acolher as emoções, saber dizer basta e cuidar de nós sem parecer egoísmo.
E tudo isto ao mesmo tempo que conseguimos gerir com harmonia a nossa vida profissional, familiar e o orçamento mensal.
E claro, sempre de sorriso no rosto.
quarta-feira, 1 de junho de 2022
O ar é doce e o céu azul. As crianças brincam na rua enquanto os adultos preparam o jantar.
Há o cheiro a algodão doce e a pipocas. E o perfume das flores
Revejo-me a correr com a minha irmã. Partilhamos o algodão doce. Cor de rosa. Sempre a sorrir. Sempre feliz.
É como se voltasse a sentir o cheiro das flores, no jardim da casa dos meus pais.
É para lá que vou quando preciso de paz
A memória, a infância e as lembranças. A minha identidade.
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