segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O sexo é uma dança magnífica.
Desde os primeiros arrepios aos gemidos roucos, as peles contam histórias maravilhosas. O sopro das palavras sussurradas, os risos genuínos, o barulho de um beijo no ombro. E então os lençóis amarrotados, a roupa que escorrega, impaciente. E os dedos que deslizam no cabelo, os ossos que estalam. Depois a língua molhada, os lábios e o suspiro, esse som que sai da garganta mas que diz mais do que as palavras.
A boca nos mamilos, sucção, os dentes que mordem a carne. Os lábios na pele da barriga, veludo e cetim.  O sopro junto ao sexo esmagado, eco húmido. E ainda os corpos nus que procuram e agarram, provam e alimentam.
Depois a língua na boca e as ancas que se encontram, as mãos nas coxas e de repente o silêncio.
Um sussurro junto ao ouvido. Um grito.
E a música de novo.


ps: do regresso às origens