segunda-feira, 3 de outubro de 2022


Sou cheia de pequenas coisas que fazem com que o ritmo não seja sempre o que se pretende. 
Pequenos nadas que se atropelam e que acabam por criar turbilhões. Algumas coisas dolorosas. Pequenas lembranças que me fazem tremer e algumas vozes que gostam de brincar com o frágil que há em mim.
Porque há sempre um pedido de desculpa. 
Para não incomodar. Porque não são as palavras certas ou a atitude mais correta. 

Pedir desculpa pelo sorriso ou pelas lágrimas. Ser demais ou nunca ser suficiente. 
Pedir desculpa e desaparecer. 
Calo-me quando o interior ferve.
Obrigo a raiva a afogar-se no meio de um está tudo bem. 
Com o tempo tudo passa mas há marcas que não desaparecem e que voltam para me assombrar. 
 E então deixo passar. Aceito as feridas e permito-me sentir. Porque o que sinto é o que sou.