Uma semana longa. Dias que parecem ter mais de 24 horas. 

Cansaço extremo.

Nem o fim de semana vem para ajudar.

A parte positiva? A família e os amigos que estão sempre presentes. Afetos servidos quentinhos.  Abraços e sorrisos que enchem o coração.

Pessoas que ajudam e que cuidam. Sem pedir nada em troca. Sem elas, nada era possível, ou talvez fosse tudo muito mais difícil.

Gratidão. 

Há delírios que nascem dos sonhos

e cegueiras mascaradas de lutas.

 Às vezes, vês as faíscas da força pura, quando juntos, se cria outro mundo. O mundo onde os corpos se conhecem e as máscaras caem.

Há o fogo e a paixão que devora, os corpos impacientes, os gritos e o balanço dos rins que bate fundo.

E a poesia do dia, o sol quente, as horas cegas, sem janela para o mundo.

E nessas horas, os corpos, às vezes, ganham. 

É tempo de crescimento, de mudança, de perdão. Abraçar os erros e as falhas. Aceitar as quedas e perceber que ficas mais forte e focada a cada passo.

Focada nas conquistas, nas pequenas vitórias que guardas só para ti. Orgulho.

A vida é feita de reconstruções, de recomeços e de encruzilhadas.

Não há certo ou errado. 

E sabem uma coisa? Está tudo bem. 

Os de sempre. Como uma família.

O homem velho e doce, com o olhar cheio de nostalgia. 

Tem o amor tatuado no braço. Na pele fina, uma data e um nome.

Na outra mesa, o casal de amantes que se junta de 3 em 3 meses para 2 horas de prazer.

No canto uma rapariga tímida. Senta-se sempre muito direita. 

Observa tudo à sua volta. 

Os segundos entre a sombra e a luz alimentam-na o suficiente para ganhar 

forças e voltar para o emprego sem alegria. 

A pele pálida e o tempo desenhado nos cantos dos olhos. 

Ninguém a pode domar, ainda menos conquistar. 

Talvez só queira ser amada.

ps: texto escrito no verso de um guardanapo, no café de sempre

 Roubada daqui

 Acordar. Outro dia. Consegues perceber porque é que te levantas todos os dias?

Qual é a tua razão de ser? O teu propósito ? És feliz? Ou vives a tua vida conforme te ensinaram, seguindo todos os padrões ditos normais. Estudar, trabalhar, pagar as contas, casar, ter filhos. 

Qual é a tua razão de ser? Sabes onde queres estar daqui um ano? Não faz mal se não souberes. Basta saberes onde estás agora e sentires te confortável. 

Procura a tua razão de ser. Constrói o teu futuro, ou simplesmente o dia de hoje. Não deves nada a ninguém. És dona ou dono do teu caminho. 

Bom fim de semana 😘

A vida, os amores, as palavras.

Às vezes tenho dificuldade em dizer o que sinto. Sem censura. Aprendo a dizer meias verdades. 

(Magnólias Forever)

Há um vazio no olhar, como se a esperança tivesse feito as malas. E as memórias que parecem menos bonitas.

Para onde foi a suavidade? E o respeito?

Há apenas a madrugada e a fragilidade. 

Ando a escrever a raiva, a dor e a mágoa. 

Não é solução. 

Será apenas uma pausa para me reorganizar, cuidar e sarar.  

20 anos na sombra de uma carreira, ambições e emoções.

5 anos na sombra de outra vida.

Tudo correu sempre bem enquanto as necessidades, satisfações e egos eram alimentados.

Os deles. Nunca os meus.

Há um espetáculo que o corpo pede para rever. Olhos fechados. Mergulhada debaixo do lençol no morno das lembranças que matam.

Momentos sonhados: ilusões parvas.

Retroceder como fazemos aos ponteiros de um relógio parado.  Parado antes do fim. 

Ligar o projetor. Desligar as luzes. Pensar e imaginar o que vem a seguir. Fechar os olhos. Com força.

Pedaços de uma história que nunca foi tua. Nunca tiveste hipóteses. 

O corpo já não sente nada. O coração já só bate para sobreviver. Os olhos cedem. 

A luz tenta ganhar terreno mas a madrugada morreu.