quinta-feira, 27 de setembro de 2018




Entre o crepúsculo e o céu aberto
Há a luz
E os dias inteiros num mundo ao contrário
O amor invade a madrugada e as horas 

Reagimos à ausência e construímos muros à volta do coração
E no meio de tantas desilusões, o sonho teima em voltar.
E o alvo é sempre o mesmo

terça-feira, 25 de setembro de 2018


Tenho saudades tuas. Das nossas longas conversas e das risadas. Saudades de te sentir por perto. Sei que te foste embora e que a culpa é minha. A tua amizade faz-me falta. A tua presença faz-me falta. Já tentei falar contigo mas não dá em nada. Mas hoje li-te e percebi que a tua vida mudou. Gostava de ter estado ao teu lado quando apanhaste aquele susto. Gostava de te ter dito que ia correr tudo bem. Não estive e a culpa é minha. Espero que sejas feliz. Mereces.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

terça-feira, 18 de setembro de 2018


Há em mim uma alegria profunda mas quase sempre silenciosa. 
Mistura-se com a canela e com o perfume das flores e exprime-se de forma inesperada. 
É uma clareira escondida por trás da inquietude. 
Um espaço onde os vestidos rodam e o amor é livre.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018



A beleza consome e dá de consumo, vem de um lado que ninguém conhece, constrói-se com os minutos, com o tempo de degustação, há pessoas que foram ficando bonitas pela repetição, vamo-las vendo e vamos percebendo traços novos, traços diferentes, como se o rosto tivesse vários rostos em si, uma matrioska estética, temos vários rostos no nosso, ou vários olhares no que olhamos, a beleza é um processo de inteligência, uma construção cerebral.

Pedro Chagas Freitas

quinta-feira, 13 de setembro de 2018



Houve um tempo em que ser amada era uma prioridade, 
uma necessidade maior do que a minha própria vida. 
Mas aprendi que o respeito e o amor próprio são bem mais importantes. 
Já não espero muito dos meus dias. Vivo e luto pelos meus filhos.
Olho para o espelho e vejo sombras, um sorriso forçado 
e alguém que não fará mais do que sobreviver, porque viver é para quem merece.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Podemos escrever as histórias e vivê-las depois. Porque não?
E esta história começa hoje.
A areia debaixo dos pés, o tecido ligeiro do vestido na pele nua.
Escolher uma cadeira isolada e esperar que a noite caia para dar início ao primeiro capítulo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018


Procura-se uma viagem ligeira. A pele não precisa de jóias. 
A suavidade é suficiente, e a humidade também, quando o ácido procura a orquídea. 
É tempo de uma vida mais simples. Poucos bens, menos espaço e a vida como casulo. 
Ao longe as colinas acalmam o silêncio e há o bailado das nuvens no infinito do céu que conta histórias de outros mundos. A paisagem desfila ao ritmo de uma música metálica. 
As únicas notas que se ouvem nascem da água do rio e do vento que sacode as folhas das árvores.
 Os pés sentem a erva e o sol aquece a pele. 
E no meio da fragilidade encontra-se a força das horas.