sábado, 10 de fevereiro de 2018


Senti vontade de dançar com a lua. A lua brilhante e luminosa. A lua sorridente, o sonho e o paraíso. Contigo é sempre assim. Caio no abismo e sei a pele quente, o abandono dos sentidos. 
Hoje voltei a ser tua. Há o sabor a tangerina salgada e a liberdade do desejo. E o mergulho na onda azul e na carne vermelha. Desenhamos as linhas da intimidade na pele nua. Percorremos a estrada da vontade na partilha de uma cama, de um céu ou de uma noite. 
Ofereces-me a onda e esqueço a razão quando a minha vontade é ter a tua pele na minha. Esqueço que não és meu. És dela.

13 comentários:

  1. Já percebi que há pessoas que não são de ninguém, senão delas mesmas. Se fosse dela estava com ela e não ia ter com mais ninguém, não procurava mais ninguém. Se fosse teu assumia que era o que queria e estava contigo. Não há obstáculos intransponíveis quando a vontade é absoluta. Não há obrigações, culpa ou razões que amarrem irremediavelmente alguém que não quer de alguma forma ser amarrado. E não sendo verdadeiramente de ninguém é sempre o melhor de dois mundos, onde não se abdica de nada nem de ninguém, e alguém vai tendo o que quer quando quer e procura, porque o amor assim nos estupidifica. Mas só um ganha no meio de tudo isso... Há pessoas que só pensam e gostam de si mesmas, mas sugam o amor dos outros, vivem assim. Não sei se saberão, ou conseguirão, viver doutra maneira. E sendo assim, se vale a pena dar tudo a quem não quer nada (também não sei esta resposta, mas gostaria muito...) senão alimentar-se do amor que se lhe tem. Porque precisam dele, não tenho dúvidas, senão não voltariam sempre. Mas nunca são de ninguém, só deles mesmo.
    Beijo, JI

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    1. Gostava de poder responder ao teu comentário com todas as certezas do mundo mas neste momento estou presa no meio de tanta coisa que sinto. Hoje é um dia cinzento, por dentro e por fora
      Um beijo Olvido

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    2. Eu não tenho certezas, tenho algumas, poucas, conclusões muito doridas mas que ainda assim servem só como conclusões mesmo. Não me impedem de ir contra elas (infelizmente), apenas me deixam com a lucidez de que há pessoas que não são de ninguém, talvez não saibam amar, e a partir daí aceitamos se quisermos e o que quisermos, mas em consciência, ainda que sempre sem certezas... apenas aproveitamos o que sentimos com quem gostamos, sem ir atrás de nada, e sem esperar nada, absolutamente nada. Senão o sofrimento é maior. Só sei isto, agora certezas não tenho, mas dias cinzentos já colecciono muitos, demais.
      Beijo grande, JI

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    3. As minhas conclusões doridas também não me afastam do precipício e das más escolhas. Será que devemos ser de alguém? Pergunto-me tantas vezes se devemos ser donos de outra pessoa. Sei que sou mais com ele ou pelo menos gostaria de ser. Mas ele nunca será meu. Nem de ninguém.
      Um beijo grande Olvido. Gosto de ti :)

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    4. Não chamo ou entendo como posse, mas como um sentimento de pertença mútua, sem as exigências da posse ou a noção de propriedade. Apenas a sensação que pertencemos ali, àquele "nós" que se forma.
      Há empatias que se criam, uma das coisas boas da bloga :) beijo

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    5. Tenho saudades de pertencer, de ser com outra pessoa. :)
      Ha empatias boas Olvido :)

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  2. sabor a tangerina salgada. uau. delicioso!

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  3. ...minha querida, deixo[te] este link desta música que diz muito
    Bezegol feat.Rui Veloso

    https://www.youtube.com/watch?v=az-vjcgjmBI

    Beijo embrulhado num xi apertadinho

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    1. Adoro essa musica e a letra diz tanto...
      Beijos grandes goti e obrigada :)

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  4. Gosto muito de te ver a brincar com as palavras. ;)

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