quinta-feira, 11 de janeiro de 2018


Fica sentada na borda dos sonhos. Há anos que o faz. Nunca se mexeu. Tem a pele das bonecas de cera. Espera um sinal. Tem tanto para dizer. Ou talvez não tenha nada. Faz da escrita uma história pessoal. Vê-se nela como quem olha para um espelho.
No entanto nunca percebeu quem era. Fica de frente para o espelho e procura-se dentro. Guarda apenas os olhos verdes e deita fora o resto. Por baixo da carne bate um coração furioso. 
Escreve mas nem sempre se reconhece nas palavras. Está lá uma parte do que é mas há também outra coisa. Indefinida.

4 comentários:

  1. ...estas lutas interiores por vezes ajudam a ver melhor as coisas.
    Beijinho, querida JI

    ResponderEliminar
  2. Chega um tempo em que precisamos conhecer melhor o nosso outro lado, o de dentro. É lá que repousam nossas verdades.

    Bom dia, JI:)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não sei se alguma vez conseguimos conhecer seja o que for. É difícil analisar o nosso eu interior.
      Bom dia legionário :)

      Eliminar